terça-feira, 22 de abril de 2014

CURSO DE CUIDADORES DE IDOSOS

O cuidador de idosos, seja ele familiar ou profissional contratado, é peça importante na difícil tarefa de proporcionar e oferecer um envelhecimento mais saudável e com menor comprometimento funcional.
Com o curso de cuidador de idosos, você vai aprender as principais tarefas para atuar nessa área, e irá perceber que; cuidar de um idoso é muito mais que um trabalho; cuidar de um idoso é uma atitude de amor para com o próximo.
Aproveite essa oportunidade,aumente suas chances de sucesso com esse curso grátis, as vagas no mercado para cuidador de idosos estão crescendo a cada dia, podendo o profissional atuar em asilos e clínicas de repousos, ou cuidar de uma pessoa específica.
Público alvo do Curso Grátis de Cuidador de Idosos: Profissionais da área de saúde, familiares e cuidadores de idosos em geral, que desejam ampliar seus conhecimentos.

Contendo o seguinte conteúdo programático:
    IntroduçãoCurso de Cuidador de Idosos
    Reflexão
    Cuide de si mesmo
    Higiene Pessoal
    Cuidando da Pele
    Higiene Oral
    Alimentação
    Nutrição
    Hidratação
    Cuidando da Roupa
    A Identidade do Idoso Brasileiro
    Saúde na Terceira Idade
    Incontinência Urinária
    Medicamentos e Envelhecimento
    Atividade Física
    Exercícios para Treinar o Equilíbrio
    Exercícios para Treinar a Força
    Fundamentos de Treinamento (Resistência)
    Exercícios para Treinar a Resistência Aeróbia  
    Fundamentos de Treinamento (Flexibilidade) 
    Exercícios para Treinar a Flexibilidade        
    Prevenção e Manejo de Quedas no Idoso
    “Guidelines” para Prevenção de Quedas em Idosos   
    Transtornos Mentais em Idosos       
    Demência      
    Esquizofrenia  
    Transtornos depressivos       
    Transtorno Bipolar (Transtornos do Humor)   
    Transtorno Delirante        
    Transtornos de Ansiedade  
    Transtornos Somatoformes      
    Transtornos por Uso de Álcool e Outras Substâncias  
    Depressão         
    Doença de Alzheimer   
    Artigos de Interesse    
    Testamento e Inventário   
    Dieta para Envelhecer Bem e com Saúde  
    Cuidar do Idoso Doente no Domicílio    
    A Razão dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa
    A Aids na Terceira Idade na Perspectiva dos Idosos, Cuidadores e Profissionais de saúde   
    Aumentanto o Grau de Segurança no Ambiente da Pessoa Idosa
    Aspectos Clínicos da Demência Senil em Instituições Asilares 
    Cartilha do Idoso
    Bibliografia/Links Recomendados
    Anexo: Nutrição para Idosos

    Introdução

    1.   Introdução 

    O cuidador de idosos

    O treinamento de pessoas para o cuidado faz-se necessário, face à situação de desamparo em que se encontram os idosos, no sentido de facilitar o atendimento imediato às suas necessidades básicas quando doentes fragilizados.
    Tendo em vista o aumento progressivo da população idosa, o resgate do papel dos "cuidadores" é uma questão a ser pensada. Entretanto, em razão da complexidade cada vez maior na organização das sociedades, enfatiza-se a necessidade de preparo e aprendizado específicos para exercer o papel de "cuidador".
    Para cuidar de idosos, espera-se que haja alguém capaz de desenvolver ações de ajuda naquilo que estes não podem mais fazer por si só; essa pessoa assume a responsabilidade de dar apoio e ajuda para satisfazer às suas necessidades, visando a melhoria da condição de vida.
    Não se pode esquecer que, em muitas situações, o "cuidador" nem sempre é um ente da família, e que introduzir pessoas externas ao contexto familiar implica em reconhecer valores de respeito e discrição, para não interferir na dinâmica familiar.

    1.1. Princípios orientadores
    O preparo de cuidadores exige a definição de uma base conceitual norte adora dos valores e princípios filosóficos, que podem ser reconhecidos pelos pressupostos de Gonçalves e col (1997):
    1. O cuidado humano ou "cuidar de si" representa a essência do viver humano; assim, exercer o autocuidado é uma condição humana. E ainda "cuidar do outro" sempre representa uma condição temporária e circunstancial, na medida em que o "outro" está impossibilitado de se cuidar .
    2. O "cuidador" é uma pessoa, envolvida no processo de "cuidar do outro" - o idoso, com quem vivência uma experiência contínua de aprendizagem e que resulta na descoberta de potencialidades mútuas: É nesta relação íntima e humana que se revelam potenciais, muitas vezes encobertos, do idoso e do cuidador. O idoso se sentirá capaz de se cuidar e reconhecerá suas reais capacidades;
    3. O cuidador é um ser humano de qualidades especiais, expressas pelo forte traço de amor à humanidade, de solidariedade e de doação. Costuma doar-se ou voluntariar-se para as áreas de sua vocação ou inclinação. Seus préstimos têm sempre um cunho de ajuda e apoio humanos, com relações afetivas e compromissos positivos.
    Funções - Ajudar nas atividades da vida diária; administrar medicamentos por via oral prescritos pelo especialista; auxiliar na deambulação e mobilidade; cuidados com a organização do ambiente protetor e seguro, acesso a dispositivos de ajuda ( equipamentos ) para a atenção ao idoso; propiciar conforto físico e psíquico; estimular o relacionamento e contato com a realidade e levar o idoso a participar de atividades recreativas e sociais. Conferir sinais vitais, reconhecer sinais de alterações (alerta) e prestar socorro em situações de urgência (os primeiros).

    1.2. Cuidador Profissional
    Conceito - O cuidador profissional é a pessoa que possui educação formal com diploma conferido por instituição de ensino reconhecida em organismos oficiais, e que presta assistência profissional ao idoso, família e comunidade.
    Perfil - Ter cursado Ensino Médio ou Superior e tido treinamento específico em cuidado do idoso, em instituições oficialmente reconhecidas.
    Destacam-se as habilidades e qualidades pessoais para o cuidado.
    Funções - Os cuidadores profissionais seguem funções específicas em conformidade com as legislações das categorias profissionais.
    Os cuidadores "informais" e "formais" devem desenvolver algumas habilidades e qualidades para prestar cuidado, especificadas a seguir:
    Habilidades técnicas: É o conjunto de conhecimentos teóricos e práticos, adquiridos por meio da orientação de profissionais especializados. Esses conhecimentos irão preparar o cuidador para prestar atenção e cuidados ao idoso (descritas nas funções).
    Qualidades éticas e morais: São atributos necessários para permitir relações de confiança, dignidade, respeito e ser capaz de assumir responsabilidades com iniciativa. Quando não for parente, deve procurar adaptar-se aos hábitos familiares, respeitar a intimidade, a organização e crenças da família, evitando interferência.
    Qualidades emocionais: Deve possuir domínio e equilíbrio emocional, facilidade de relacionamento humano, capacidade de compreender os momentos difíceis vividos pelo idoso, adaptação às mudanças sofridas por ele e família, tolerância ante situações de frustração pessoal.
    Qualidades físicas e intelectuais: Deve possuir saúde física, incluindo força e energia, condições essenciais nas situações em que há necessidade de carregar o idoso ou dar apoio para vestir-se e cuidar da higiene pessoal. Ser capaz de avaliar e administrar situações que envolvem ações e tomada de decisões.
    Motivação: É condição fundamental a empatia por idosos. Valorizá-los como grupo social, considerando que o "cuidado" deve ser um compromisso prioritário, pessoal e também da sociedade.
    O cuidador de idosos dependentes deve organizar suas tarefas de cuidado de modo a ter oportunidades de se autocuidar. Muitas vezes, o cuidador se sobrecarrega nas suas atividades e se esquece de que é uma pessoa que também necessita de cuidados. A família deve avaliar esse trabalho, em conjunto com profissionais e planejar atividades para idosos e cuidadores. Cursos são necessários, visando a orientação aos cuidadores do cuidado com o outro e consigo mesmo.
    Fonte: BRASIL, Presidência Social. Idosos: Problemas e cuidados básicos. Brasília: MPAS/SAS, 1999.   

    1.3. O cuidado, com freqüência, começa em forma gradual. Provavelmente você já esta ajudando a alguém a:

    • Levar ao Médico;
    • Fazer as compras no supermercado;
    • Pagar as contas;
    • Lavar a roupa ou limpar a casa ou
    • Cozinhar.

    Com o tempo, você poderia oferecer maiores cuidados. Quem sabe compartilhe a responsabilidade com outros membros da família ou com amigos, ou quem sabe se encarregue de tudo você mesmo, inclusive ate dedicar às 24 horas do dia ao cuidado dessa pessoa. É provável que o cuidado de outra pessoa compreenda:

    • Alimentá-la ou dar-lhe banho;
    • Ajudá-la a usar o banheiro;
    • Supervisionar o horário de tomar as medicações;
    • Contratar a outras pessoas que a cuidem;
    • Programar todo o atendimento médico ou;
    • Administrar todos os seus assuntos econômicos e legais.


    SE VOCÊ REALIZA ALGUMA DESTAS TAREFAS POR OUTRA PESSOA, ENTÃO VOCÊ É UM CUIDADOR! 

    Reflexão

    2.   REFLEXÃO

    2.1. Respeito e Dignidade

    Antes de começar a realização deste curso, vamos nos deter alguns minutos para considerar seu papel especial como ajudador.  A diferença de um cuidador profissional, você conhece na pessoa que cuida. Conhece a pessoa por completo, o que ela gosta e o que ela não gosta também, suas fortalezas e suas fraquezas individuais, além de seus desejos e necessidades.
    É muito fácil cair numa atitude “protetora” quando se cuida de outra pessoa, especialmente se tratar de um membro da família.  Mas precisamos compreender que a não ser que a pessoa esteja passando por um transtorno cognitivo (Distúrbio cerebral devido a um derrame cerebral, demência ou outro problema de saúde), ELE, entretanto toma as decisões sobre sua vida.  Às vezes, a pessoa poderia tomar decisões que você não tomaria, mas é sua decisão.  Isto pode ser difícil para você, como cuidador, mas deve ter cuidado e estar alerta para não cair na superproteção.
    Uma das necessidades humanas mais importantes é o respeito e a dignidade e essa necessidade não muda quando a pessoa adoece e fica incapacitada, de fato, esta poderia inclusive acentuar-se mais.
    Existem muitas coisas que você pode fazer para se assegurar que a pessoa sob seus cuidados receba respeito e dignidade, direito básicos de todo ser humano.


    2.2. Respeitar sua privacidade física e emocional.

    • Fechar a porta quando o ajuda a vestir-se ou usar o banheiro;
    • Bater a porta antes de entrar;
    • Não comentar informação privada com outras pessoas, mesmo que estas sejam membros da família, sem sua permissão.

    2.3.           Respeitar seu direito de escolher.

    • Ao tomar decisões, sentimos certo controle sobre nossa vida. Por exemplo, se a pessoa pode fazê-lo, permita que decida o que e quando comer;
    • Se a pessoa tem problemas cognoscitivos, ofereça-lhe opções sobre o que comer, quando comer e o que usar.
    • Se a pessoa insiste em usar a mesma camisa todos os dias, use uma toalha como proteção quando coma e lave a roupa de noite.
    • Se pensar que é uma decisão boba ou de pouca importância, trate de ver porque isso é importante para a pessoa.
    • Se a pessoa se nega a tomar seus medicamentos ou toma decisões que possam ser perigosas, trate de negociar uma possível solução. Ofereça-lhe os comprimidos com seu suco favorito (se a receita permite), aceite dar-lhe banho com a freqüência absolutamente necessária, planeje tempo para que alguém a leve a caminhar com ele se não é seguro que o faça sozinho.

    2.4.  Trate-o com dignidade.

    • Ouça suas preocupações;
    • Peça sua opinião e faça-o saber que esta e importante para você;
    • Faça-o participar de tantas decisões quanto possível;
    • Inclua-o na conversação. Não fale dele como se não tivesse presente.

    Converse com ele como um adulto, mesmo que você não esteja certo do quanto ele entende.

    2.5. Filosofia de vida independente

    A filosofia de vida independente é um conceito que tem surgido do desejo natural que as pessoas incapacitadas têm de exercer o controle sobre sua vida. Em uma visão mais abrangente, esta filosofia afirma que todos, incapacitados ou não, tem direito e oportunidade de seguir um curso de ação em particular e isto implica na liberdade de aprender de nossas experiências, incluindo nossos erros.

    Cuide de si mesmo

    3.   Cuide de si mesmo 

    Cuidar de outra pessoa e a responsabilidade mais difícil que terá na sua vida. Se bem que cuidar de uma pessoa traz muitas satisfações, mas existem sacrifícios e exigências que poderiam chegar a ser muito fortes.
    Dado ao fato que cuidar de outra pessoa pode ser exaustivo, é importante que se controle. No geral, é difícil saber por quanto tempo deverá cuidar desta pessoa ou se sua tarefa se tornará mais exigente ao longo do tempo e deve-se levar em conta que esse trabalho não vem com uma descrição trabalhista!
    Cuidar de suas próprias necessidades é tão importante como cuidar de outra pessoa.

    Se você adoece ou tem estafa emocional ou física, não poderá cuidar dos outros.

    Agora veja a apresentação a seguir sobre como fazer!


    3.1. A Importância de fazer exercício

    Ninguém pode estar tão fora de forma, tão cansado ou ocupado como para não se beneficiar com um programa regular de exercícios. O que ouvimos geralmente são os benefícios...
    Se você tem desculpas do tipo: “Eu nunca fiz exercícios antes”, “Meus joelhos e meus pés doem muito” ou “Não tenho tempo”, faça a você mesmo um favor: com tão somente 10 minutos por dia e em pelo menos 3 dias por semana, o exercício correto te ajudará a sentir-se melhor, a reduzir o estresse e a gozar mais da vida.

    3.2. Algumas observações importantes para quando você fizer exercício:

    • Programe uma hora específica cada dia para fazer exercício;
    • Seja constante. Para obter benefícios de qualquer programa de exercício, deves fazê-lo de forma regular;
    • Faça exercícios de alongamento e de relaxamento antes e depois de teu exercício;
    • Comeces com uns 10 minutos de exercício ao dia e aumente gradualmente ate 30 minutos para obter o máximo benefício;
    • Faça o teste do falar/cantar para saber se estás fazendo o exercício de forma demasiadamente forte ou não o suficiente, utilize este simples teste.  Se não pode falar ao fazer exercício ao mesmo tempo, está se extenuando. Se você pode cantar e fazer exercício, não está se esforçando o suficiente;
    • Sempre comece lentamente a atividade durante os primeiros 5 minutos e diminua o ritmo durante os 5 últimos minutos em vez de parar abruptamente.

    3.3. Exercícios recomendados.

    Nota de advertência: Sempre consulte seu médico antes de começar qualquer programa de exercícios.

    3.4. Dê um passeio diário.

    Procure um amigo com quem caminhar. Motivar-se-ão mutuamente quando estiverem tentados há ter o dia livre sem o exercício.

    3.5. Veja um vídeo de exercícios.

    Procure vídeos para principiantes. Evite começar com programas que incluam saltar ou dobrar-se. Melhor ainda, use vídeos para fazer alongamento, tonificação muscular e relaxamento.


    3.6. Informe-se sobre aulas oferecidas através dos centros comunitários, ginásios e centros para idosos.

    Consulte sobre Yoga, tai-chi ou outros programas de exercícios não tradicionais. Estes são uma forma excelente de melhorar a flexibilidade, tonificar os músculos e relaxar. Veja se tem disponível piscina comunitária e consulte sobre horário de natação para idosos ou aulas de hidroginástica. Muitas piscinas oferecem aulas só para idosos ou para pessoas que desejem um ritmo mais lento.

    3.7.  Dance, para ter uma saúde melhor.

    Os bailes de São João, de salão ou tradicionais são uma excelente forma de incrementar sua resistência e melhorar seu equilíbrio.
    Se você necessita ajuda para encontrar um programa de exercícios adequado, consulte seu médico.

    3.8. Consulte sobre programas sociais em sua comunidade.

    Os centros de cuidado diurno podem proporcionar um descanso programado com regularidade.

    Disponíveis em muitas comunidades, estes centros proporcionam programas sociais e comidas. Alguns proporcionam transporte para aqueles idosos que necessitam atividade sob supervisão.  Os participantes podem freqüentar 1 ou 2 vezes por semana ou todos os dias, dependendo do programa individual.

    3.9. Também poderia conseguir programas noturnos.
      
    Alguns lugares de repouso, lar de idosos e comunidades de aluguel com ajuda oferecem estadias de até duas semanas.

    3.10. Consulte sobre atenção domiciliar.

    Se a pessoa não puder freqüentar um centro de atendimento diurno, poderia haver a possibilidade que assistentes capacitados possam proporcionar cuidado em turnos na sua casa.

    3.11. Convivendo com o estresse

    Estabeleça limites e faça-os saber.

    3.12. Assegure-se de ter metas e expectativas realistas.

    Não espere ter a casa perfeita ou ter uma vida social como a que tinha antes de assumir o papel de cuidador.  Provavelmente tenha que simplificar as folgas nos feriados ou repartir as responsabilidades com outros membros da família.


    3.13. O Bom Humor é geralmente o melhor remédio.

    Loque um filme ou olhe programas de televisão que o façam sorrir. Leia um livro de piadas. O humor pode fazer milagres para reduzir o estresse.

    3.14. Busque apoio.

    Através de amigos compreensivos, grupos de apoio ou um conselheiro profissional. Participe também das comunidades na internet sobre esse tema.

    3.15. Evite pessoas difíceis.

    Como por exemplo, amigos que o criticam o tempo todo.

    3.16. Descubra o que lhe ajuda a aliviar o estresse.

    Algumas idéias poderiam ser exercícios de respiração, yoga, meditação, escrever um diário de vida ou sair para caminhar.  Feche os olhos e se imagine em um lugar bonito, rodeado por suas coisas favoritas.

    3.17. Faça uma lista das coisas que aliviam o seu estresse.

    E depois o mantenha a mão e utilize!

    3.18. Como saber se você precisa de ajuda profissional? (cuidador).

    Alguns sinais de advertências poderiam ser:

    • Uso abusivo de bebidas alcoólicas ou de medicamentos como pílulas para dormir;
    • Perda ou aumento considerável de apetite;
    • Depressão, perda das esperanças, sentimento de alienação;
    • Pensamentos suicidas;
    • Perda do controle físico e emocional;
    • Tratar mal outras pessoas ou ignorá-las.

    Se apresentar quaisquer destes sintomas, você está levando uma carga demasiadamente grande. Consulte um conselheiro ou converse com seu médico sobre seus sentimentos.  Seu médico poderá recomendar-lhe um conselheiro ou você poderia se por em contato com um hospital local ou secretaria de saúde.

    Higiene Pessoal

    4.   Higiene Pessoal

    4.1. BANHO

    Tomar banho pode ser uma atividade agradável durante o dia. Depois do banho nos sentimos bem, limpos e relaxados.  Se você cuida de alguém que precisa de ajuda para tomar banho, faça com que a ocasião seja a mais agradável possível. Depois, ambos se sentirão melhor.

    Quando tomar banho for um problema...
    Tentar identificar a(s) causa (as) da recusa é um bom começo.
    O idoso pode estar com dificuldade para caminhar, ter medo da água, medo de cair, pode estar deprimido; com infecções que geram mal-estar, dor, tontura ou mesmo sentir-se envergonhado por expor seu corpo diante de um cuidador estranho, especialmente se for do sexo oposto.

    4.1.1. ADAPTANDO O AMBIENTE

    • Todas as adaptações deverão ser feitas mediante o grau de dependência apresentado;
    • Mantenha o piso seco e no interior do Box utilize tapetes antiderrapantes (emborrachados) para evitar quedas;
    • A colocação de barras de segurança na parede (semelhante àquelas utilizadas em academias de balé) é de grande ajuda, pois permitem que o paciente se apóie nelas durante o banho, fazendo-o sentir-se mais seguro;
    • Se for difícil para ele manter-se em pé por muito tempo, pense que talvez uma cadeira de banho vá auxiliá-lo e permitir maior conforto.

    4.1.2. RESPEITE SEUS HÁBITOS

    • Os que apresentam dependência leve devem ter seus hábitos de higiene respeitados como: horário do banho, marca do sabonete, xampu, etc.
    • Não há razão para se “obrigar” o paciente a banhar-se pela manha se é seu hábito fazê-lo à tarde;
    • É interessante se criar uma rotina para aqueles que apresentam dependências severas, isto facilita o trabalho do cuidador e cria um hábito para o paciente;
    • Mesmo os acamados devem ser levados ao banheiro para que seja realizado o banho de chuveiro, esta é uma ótima oportunidade de mobilização;
    • Banhos no leito devem ser evitados, sendo indicados apenas para aqueles pacientes com prescrição de repouso rigoroso no leito.

    4.1.3. INDO PARA O BANHEIRO

    • Prepare o banheiro previamente e leve para lá todos os objetos necessários à higiene;
    • Elimine correntes de ar fechando portas e janelas;
    • Separe as roupas pessoais antecipadamente;
    • Regule a temperatura da água que deve ser morna;
    • Se possível, o paciente deve ser despido no quarto e conduzido ao banheiro protegido por um roupão, neste momento, evite fixar os olhos em seu corpo (isto pode constrangê-lo), observe-o sutilmente.

    4.1.4. O BANHO PROPRIAMENTE DITO

    • Oriente-o para iniciar o banho e auxilie-o, se necessário;
    • Não faça por ele. Estimule, oriente, supervisione, auxilie. Apenas nos estágios mais avançados da doença o cuidador deve assumir a responsabilidade de dar o banho;
    • Aproveite a oportunidade para massagear suavemente a sua pele, isto favorece a circulação sanguínea e produz grande conforto;
    • Não utilize buchas de banho, lembre-se que a pele é muito sensível e você pode provocar lesões;
    • Lave a cabeça no mínimo 3 X por semana, utilize xampu neutro, observe se há lesões no couro cabeludo. Mantenha se possível, os cabelos curtos;
    • Observe se há necessidade de cortar as unhas das mãos e dos pés, em caso positivo, posteriormente, corte-as retas com todo cuidado especialmente nos pacientes diabéticos;
    • Após o banho, seque bem o corpo, principalmente as regiões de genitais, articulares (dobra de joelho, cotovelos, axilas) e interdigitais (entre os dedos).